segunda-feira, 26 de maio de 2014

CBFS tem balanço reprovado pela 1ª vez, e federações querem renúncia de presidente 'eterno'



Fonte: Antônio Strini e Camila Mattoso,  ESPN.com.br


Divulgação
Aécio Borba Vasconcelos, presidente da CBFS desde 1979
Aécio Borba Vasconcelos, presidente da CBFS desde 1979
A Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) teve pela primeira vez em sua história suas contas reprovadas em uma assembleia realizada neste domingo. Com a presença de 19 federações estaduais, o presidente Aécio Borba de Vasconcelos viu 12 delas votarem contra o balanço de 2013 e ouviu uma série de acusações, apresentadas em um relatório - veja completo no final da matéria.
O próximo passo dos dirigentes é o de pedir a renúncia do comandante, o que ainda está sendo articulado. Cartolas de diversos estados ouvidos pela reportagem afirmaram que estão trabalhando nesse sentido, mas não quiseram dar entrevista.
O documento elaborado por uma comissão das entidades aponta que há conflitos de interesses na atual gestão, como familiares trabalhando para a CBFS e empresas do próprio Aécio prestando serviços lá dentro. O estudo questiona também diversos empréstimos realizados nos últimos anos, usando até mesmo o Centro de Treinamento como garantia, o que é proibído pelo estatuto interno. 
Segundo a auditoria realizada para averiguar os números apresentados pela confederação, há vários contratos em que o presidente aparece como quem empresta o dinheiro e como quem recebe, transação considerada duvidosa. Nenhum dos contratos foi registrado em cartório e nem mesmo contou com a aprovação do Conselho Fiscal. 
O que mais chama a atenção em todo o relatório é a participação da empresa ARFE Produções e Logística, que é do gênro de Aécio. A comissão das federações acusa o presidente de usar a companhia para emitir notas. Cerca de R$ 3 milhões foram gastos em 2013, com serviços não identificados. A ARFE ainda emprestou R$ 2,5 milhões para a CBFS, em março de 2014. 
Em participação no programa "Bola da Vez" no começo de abril, o jogador Falcão pediu uma auditoria na entidade comandada por Aécio de Borba Vasconcelos desde 1979, ano da fundação da CBFS. "No ano passado entraram R$ 30 milhões e não vimos benefício nenhum para a Liga Futsal e os atletas. Tem jogador que emitiu nota e até agora não viu o dinheiro. Os patrocinadores, então, não querem nem ouvir falar de futsal."
Procurado pela reportagem, o presidente rebateu as acusações, afirmou que está com a consciência tranquila e que não há problemas lá dentro.
"Eu não sabia que havia tanta gente maldosa lá dentro. Não peguei nenhum dinheiro da CBFS e trabalho há mais de 35 anos pelo bem do futsal. Fiz e faço muita coisa lá dentro. Tenho 84 anos e sempre me dediquei muito a isso. Não tenho um pingo de peso na consciência", afirmou para oESPN.com.br.
De acordo com os demonstrativos financeiros, a confederação teve um déficit de mais de R$ 3 milhões no ano passado, e R$ 1 milhão de lucro em 2012.



















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